Fazendo das suas a lei dos errantes. E sigo chorando e implorando Para te pertenceres E me curares; Com fogo, com força, com ferro e Com preces! Preces de um tolo que ama Que sonha e busca Que almeja e se queda. Aos seus sentimentos e ternura... Para ser seu. NF
XLV O tempo passa e tudo lembra você, Se fecho meus olhos, Lembro do seu sorriso, Ainda sinto a sua marca. Lugares por onde passo, Me trazem a você! Me mostram o quanto amei alguém O quanto sou refém. De um amor que acabou. E acabou... Com a minha visão de amor De sentimento
Não sinto se não for a você Mas tbm não sinto nada Meu céu e inferno se apresentam Entrelaçam-se em mais uma dança Que me mata e tortura Que destroça e remontam Alguém que não mais consigo ser. Te odeio com todo meu amor Te desdenho com todo meu querer. Mas pra quem pensa...
Que seria mais feliz com você Mal consegue imaginar Que é a distância de ti, Que mantém vivo E amando aquelas lembranças de nós NF
XLVI Como um barquinho a deslizar Sob as ondas errantes de um mar revolto, Destilo palavras de dor, De apelo, De amor. Envolto a uma profusão de sensações, Me entrego a que vejo Em busca de segurança De um norte, Mas que norte? Em meio ao caos, Amo em demasia, Mas a quem?
Ou o que? Palavras não me bastam mais, O fogo já me toma o peito, Uma tristeza já não cabe mais. Que em mil anos de solidão Se faz deserto em meu peito. Pobre de mim que busco Que anseio, que corro Mas nunca chego. De veras lhe busco Amor que não me tomas, E me abandonas!
Que não mais lhe sinto E não me fazes mais afagos. E como um barquinho no mar revolto Me vejo em frangalhos E sofro! Sofro pq se foi Sofro, pq não voltas mais... Nem mesmo n'outros corações Errantes. NF
XLVII Não lamente, meu bem! Eu não te jurei amor eterno, E o sol sempre vem E o que fica, é só o lamento. A noite foi nossa, Sob o brilho das estrelas, Da égide da lunar. E num campo florido Onde nos fizemos "amar" Mas o dia sempre vem, Tão cedo e tão logo, Nos fizemos infinito
E na finitude da lembrança, Caímos e nos entregamos No fogo do momento, Com devaneios e sussurros Suor e saliva Verso e poesia Eu e você. Sem lamentos futuros! Sem dor, só prazer. Uma noite pra eternidade, Com hora marcada Com brasa e febre. Só eu e você NF
XLVIII Depois que vc chegou, Tudo estava mudado! O que era morto se tornou vivo O que era devastado, Se tornou florido. O sol tomou forma do seu sorriso As estrelas colorindo seu olhar. Sua presença se fez prosa, E meu coração se abriu em lírios Quando eu vi você Me apaixonei NF
XLIX Pra esquecer você Uma arma carregada e um cigarro! Com seu nome nele, Acendi o cigarro. Na primeira letra Chorei chorei lembrando Do seu jeito, do seu abraço Que falta você faz. Na segunda, Da paz, do seu carinho. Entregue estava, No ambiente, fumaça
Na terceira e na quarta... Tristeza! Nos perdemos na vida, Nos atos, Nos olhos... Que de vermelhos, já não eram mais Os mesmos. Na quinta, a ficha caiu Não dá pra te apagar você A fumaça vai pro pulmão Não pro coração. Quanto a arma carregada, Prefiro acender mais um E chorar